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Catequese para todos.

Sobre o comportamento na Missa

Catequese para todos.
Catequese para todos. (Foto: Reprodução)

A igreja é um lugar para você se sentir bem, em profunda paz na Presença de Deus. Mas isso não é sinônimo de falta de respeito e nem de perder a reverência pelo Sagrado.
Hoje em dia, infelizmente, vemos que muitos parecem não se importar com a maneira de se comportar ou vestir nesse momento tão sublime. Alguns afirmam que “tanto faz, o que importa é o coração”... 
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que na Celebração Eucarística, momento da Sagrada Comunhão, “a atitude corporal, gestos, roupa, hão de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso Hóspede” (CIC §1387).
Por que o Catecismo menciona detalhes como a roupa e o comportamento? Porque a Santa Missa é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que na cruz nos resgatou do pecado e da morte, dando-nos a vida eterna. Tal Sacrifício é realmente presente na Santa Missa, no momento em que pão e vinho se tornam Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Cristo (conf. Jo 6,55 / CIC §1373 - §1381).
Sendo assim, a orientação é para que as pessoas não usem, nesse momento sagrado, roupas muito informais, especialmente se mostram demais o corpo ou marcam seus contornos de forma provocativa, como decotes profundos, shorts ou saias curtas. Afinal, vamos à igreja encontrar Deus ou seduzir pessoas do sexo posto? Seria a Missa uma ocasião para a sensualidade? Para exibicionismo? Para atrair olhares? Evidente que não. Ocorre que, às vezes, até sem perceber, uma mulher é capaz de desviar a atenção de um homem, - que nesse caso compareceu àquele lugar com intenções de santidade. Convém, portanto, evitar tudo que contrarie a alegria pura, a solenidade e o respeito da Celebração.
Respeito e solenidade Partindo do princípio do respeito, isto é, da não banalização do Sagrado, fica fácil entender porque é melhor que uma moça use uma calça ou vestido sóbrio do que uma calça apertadíssima. Porque é melhor que um homem use uma camisa discreta do que uma camiseta regata ou sem mangas. Se está fazendo muito calor, lembre-se: a Celebração Eucarística não dura muito mais do que uma hora.
Se o Catecismo pede solenidade, o bom senso diz que é melhor usar calça do que bermuda. Se ninguém vai a uma entrevista de emprego, por exemplo, usando bermuda, será conveniente ir à Casa de Deus vestido assim?
Do mesmo modo, em consideração a todos aqueles que foram rezar, ao entrar no recinto sagrado, por favor, desligue seu telefone celular! Este é o melhor modo de não esquecer depois, para que não toque durante a Celebração. Como é desagradável quando a Oração Eucarística, esse momento tão belo e tão santo, é perturbado por uma chamada!
Concluindo esta breve reflexão, lembramos que essas orientações simples devem ser especialmente observadas por aqueles que exercem funções litúrgicas, leitores, músicos e, especialmente, ministros da Sagrada Eucaristia: estes acabam servindo como modelo de comportamento para todos.
Há pouco tempo, era comum ouvirmos a expressão “roupa de Missa”.
Em algumas cidades do interior ainda se chama assim à melhor roupa de uma pessoa. Que bom seria se os católicos recuperassem essa consciência!
Vale lembrar que os modos e comportamentos na igreja devem, de algum modo, se integrar aos símbolos litúrgicos. Participam da necessidade de se manifestar, nos sinais externos, a fé sobre o que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como de manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interior é o mais importante, claro, mas desprezar as atitudes externas é um erro: uma coisa não exclui a outra. Toda atenção e carinho são necessários ao entrar na Igreja. A Santa Missa é infinitamente mais do que reunião de amigos: é ocasião de adoração e, principalmente, de Comunhão com o Sagrado. Temos momentos de alegria e exaltação nas celebrações, mas lembremo-nos sempre que lá está Jesus Cristo sendo oferecido por nós, que o vemos, tocamos e experimentamos.


Fonte: Revista O Fiel Catolico, nº 3, ano 2014