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Medico do Papa dia que teve que decidir

entre deixar o Papa morrer ou seguir o tratamento

Medico do Papa dia que teve que decidir
Medico do Papa dia que teve que decidir (Foto: Reprodução)

ergio Alfieri disse que a equipe médica que tratou do papa Francisco teve que decidir se continuava o tratamento ou deixava-o morrer. Alfieri é diretor clínico do Hospital Policlínico Agostino Gemelli, no qual o papa esteve internado de 14 de fevereiro a domingo (23) por problemas pulmonares.
"Tivemos que escolher entre parar e deixá-lo ir, ou forçá-lo e testá-lo com todos os medicamentos e terapias possíveis, correndo o risco muito alto de danificar outros órgãos", disse o médico em entrevista ao jornal italiano Il Corriere della Sera sobre a crise respiratória sofrida pelo papa em 28 de fevereiro.
Segundo o relatório médico publicado naquele dia, o papa Francisco sofreu um ataque isolado de broncoespasmo, tosse severa que agravou repentinamente suas condições clínicas.
Embora o papa não tenha perdido a consciência em nenhum momento e colaborado com as manobras terapêuticas dos especialistas, alarmes dispararam e os médicos escolheram colocar uma máscara com ventilação mecânica não invasiva para ajudá-lo a respirar.
"Pela primeira vez, vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas próximas a ele”, disse Alfieri. “Pessoas que, eu entendi no período de internação, o amam sinceramente, como a um pai ", disse Alfieri ao jornal italiano.
Apesar do risco de causar danos irreversíveis nos rins e na medula espinhal, os médicos decidiram agir.
"Chegamos a pensar que não conseguiríamos", disse Alfieri.
A decisão difícil acabou sendo apoiada pelo próprio papa, que, por meio de Massimiliano Strappetti, seu assistente de saúde e enfermeiro pessoal no Vaticano, deu a ordem: Tentem de tudo, não desistamos.
O papa Francisco respondeu ao tratamento. Depois houve outro momento de grande preocupação.
"Estávamos saindo do período mais difícil e, enquanto comia, o papa Francisco teve um vômito que inalou”, disse Alfieri. “Foi o segundo momento verdadeiramente crítico porque, nesses casos, se não se age prontamente, há risco de morte súbita, além de complicações nos pulmões, que já eram os órgãos mais comprometidos".

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